quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lição número 1

Nesse exato momento sob a influência de um amigo bem influenciador, digamos assim e ao som de Beethoven que ele admira e gosta muito, estamos aqui escrevendo o que vem em nossas mentes. De vez enquando, quando ele quer expor suas idéias ele pede minha ajuda simplesmente porque somente por mim ele pode dizer o que quer e fazer todos refletirem. Ele vive apenas para isso. Vejamos agora o que ele tem a dizer. A partir de agora esqueçam o dono desse blog, pois meu amigo falará.
“Bom, para inicio de discurso, enquanto caminhava com este jovem observava suas atitudes e as das pessoas que ele convive. Parei então em um momento para analisar um ato e venho a lembrar de alguns acontecimentos que marcaram a vida desse rapaz. Parei então em um momento para analisar um ato. Enquanto meus pés deslizavam sobre o asfalto notei uma leve semelhança de um jovem com uma historia que contei um dia a Pedro. Sempre o censurei por agir de maneira errada com algumas pessoas que são próximas a ele e vivo a censurar sempre que é possível, fazendo-o enxergar tais delitos que de acordo com minha moral são inaceitáveis. Não irei citar nomes das ‘vitimas’ de Pedro em alguns de seus momentos de raiva ou desdenho para preservar suas identidades, e devo admitir que realmente de nada servirá entregá-los. Pois bem, deixemos de tantas delongas e vamos direto ao ponto tão desejado por mim.
Lembrei-me de uma moça que oscilava entre a normalidade e a loucura, não esbanjava tanta beleza, mas sabia como encantar alguém. A maneira fácil de conquistar chamou a atenção de um rapaz. A normalidade o deixava calmo, a loucura o deixava eufórico! Mas nada o satisfazia nem mesmo aquela tal mistura de sensações. Ele a queria, mas não a todo o momento, ela o queria, mas apenas quando achasse viável. Nada entre os dois fazia sentido e por isso era tão excitante.
Amor era uma palavra que não existia para ambos, nada os prendia, nem pudores. À noite, pareciam animais, o cenário escuro, boêmio e iluminado apenas pelas estrelas os faziam agir como loucos. A noite caia e tudo se transformava. A animalidade dava lugar o censo, a etiqueta e a seriedade.
O jovem com o passar dos anos ficou muito doente. Foi tocado pela tuberculose a famosa ‘doença dos poetas’ e mediante a tal enfermidade descobriu algo que nunca tinha percebido: amava perdidamente a moça que convivera a tanto tempo de forma tão desprendida.
Ela não sentia o mesmo. Vivia a vida como se fosse a ultima e nada a impediria de viver e seguir o curso que há muito tempo vinha seguindo. Ele a procurou, fez de tudo para tê-la junto ao seu leito de morte, porém o sentimento não foi correspondido e nem a cena do moribundo deitado sobre o leito entregando sua alma a Deus a comoveu. Não queria que nada desviasse da vida que queria ter.
Ele morreu. Morreu junto as suas lagrimas e gotas de sangue, sempre com a imagem de alguém que marcou a sua vida. A jovem apenas lamentou e lamentou, afinal ‘a vida continua’ e os que ficam devem seguir a diante.
Só que ela não sabia é que a vida lhe daria uma grande lição e a doença que antes assombrou alguém que apenas passou diante de seus olhos voltou-se contra ela e quando procurou quem a ajudasse ninguém a socorreu.
Se vendo sozinha e doente percebeu que procurar por pessoas que nunca foram importantes na sua vida era inútil. E se vendo sozinha e perto da morte lembrou-se do rapaz que a desejou tanto, não mais como um desejo carnal, mas com a simples vontade de tê-la na hora de sua morte, como a última pessoa em que seus olhos vermelhos olhariam antes de tudo se transformar em escuridão total, num fechar de olhos esterno.
Morreu percebendo que também o amava muito, mas já era tarde demais, nada poderia voltar. Morreu quando sua ultima lágrima, o último ato de vida, desmanchou-se no chão.
O que eu quero ensinar com essa historia tão triste? Nenhuma pessoa deve ser despercebida ou deixada de lado, nenhuma pessoa deve ser desprezada. Deve-se dar o devido valor a todos que cruzarem o seu caminho por mais inútil ou tolo que aparentam ser. Nada deve escapar de seus olhos. Essas tais pessoas podem ser de grande preciosidade durante todo o percurso de sua frágil vida. Nada deve escapar de seus olhos, ninguém deve escapar, pois essas pessoas que aparecem em um momento, aparentando que nada farão de importante podem futuramente serem as únicas que estarão do seu lado no leito de morte.”

Zach RAZION.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Outro planeta

Hoje estou nos meus dias de extrema calma. Nesses dias eu realmente pareço estar em transe. Fico na minha, ouço muito apesar de não ouvir nada (coisas completamente diferentes) e nada ao meu redor me chama a atenção. Nesses dias eu me percebo mais, em contrapartida não me envolvo muito com o mundo exterior e pareço estar "frio", mas nada é como parece. Esse é um dos meus momentos ou um dos meus "eus interiores" quem sabe. Me considero uma pessoa estranha, confesso, mas gosto de ser assim, o estranho me atrai, gosto de viver em meu mundinho de vez enquando e hoje estou em um dos meus variados mundinhos.

Terminando....

Até outro dia.

Pedro Maciel

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Valor das Pequenas Coisas

Em cada indelicadeza, assassino um pouco aqueles que me amam.
Em cada desatenção, não sou nem educado, nem cristão.
Em cada olhar de desprezo, alguém termina magoado.
Em cada gesto de impaciência, dou uma bofetada invisível nos que convivem comigo.
Em cada perdão que eu negue, vai um pedaço do meu egoísmo.
Em cada ressentimento, revelo meu amor-próprio ferido.
Em cada palavra áspera que digo, perdi alguns pontos no céu.
Em cada omissão que pratico, rasgo uma folha do evangelho.
Em cada esmola que eu nego, um pobre se afasta mais triste.
Em cada oração que não faço, eu peco.
Em cada juízo maldoso, meu lado mesquinho se aflora.
Em cada fofoca que faço, eu peco contra o silêncio.
Em cada pranto que enxugo, eu torno alguém mais feliz.
Em cada ato de fé, eu canto um hino à vida.
Em cada sorriso que espalho, eu planto alguma esperança.
Em cada espinho, que finco, machuco algum coração.
Em cada espinho que arranco, alguém beijará minha mão.
Em cada rosa que oferto, os anjos dizem: Amém!

Roque Schneider